Dança

 

1 . Introdução.

 

A evolução e o progresso da dança através da história não é aleatória. Obedece a padrões sociais e econômicos, ou nascem da necessidade latente do homem de expressar seus sentimentos e emoções, desejos e interesses, sonhos ou realidade, através das formas mais diversas de dança. Morgada Cunha, autora do livro "Dance Aprendendo, Aprenda Dançando", justifica, por exemplo, a DANÇA CRIATIVA, que tem como uma de suas principais características a identificação da estrutura corporal, a descoberta da formação de uma imagem corporal. "A dança criativa possuí características, valores e finalidades eminentemente educativas, por isso ela deveria integrar os currículos escolares desde a pré-escola até a Universidade." (Morgada Cunha). Baseado em alguns autores, algumas observações feitas com o Show Musical Anchieta Canto e Dança, entrevistas feitas com responsáveis por grupos de dança em escolas e professores de Educação Física, este documento objetiva ilustrar algumas maneiras de trabalhar a dança na escola, tendo em vista que considero a dança uma disciplina do corpo e com uma característica multidisciplinar, ou seja, pode ser relacionada com várias disciplinas ou oficinas. "A prática da teoria é uma forma de gravar de um conhecimento".

2. Objetivos
Com o presente documento, objetivo verificar como se desenvolvem as oficinas de dança no Projeto Sócio Educativo Sonho Meu, como estes projetos estão integrados a outras oficinas, e quais as possibilidades de haver esta integração. Quais as condições e como integrar a dança a outras disciplinas e ao currículo; investigar quais os reais objetivos da dança na escola e como alcança-los.
- Trabalhar na teoria e na prática propostas para o ensino de dança que integrem o fazer, a apreciação e a contextualização artísticas;
- Discutir criticamente propostas para o ensino de dança contidas em documentos municipais;
- Trabalhar na teoria e na prática propostas educacionais que relacionem a dança às demais oficinas do projeto.

3. Conteúdos gerais
- princípios do movimento:
respiração, equilíbrio, apoios, dinâmica postural, coordenação motora;

- elementos do movimento:
o quê, como, onde e com que nos movemos;

- processos da dança:
improvisação, composição coreográfica, repertórios;

- dimensões sócio-histórico-culturais da dança e aspectos estéticos:
história, estudos étnicos, música, crítica e estética

- relações entre o ensino de dança no projeto e a sociedade contemporânea:
conceitos de tempo, espaço, corpo e novas tecnologias, interdisciplinaridade

 

4. Metodologia de trabalho

- vivências artísticas e exercícios das categorias da dança;
- apreciação de dança ao vivo e em vídeo;
- discussões e problematização sobre o vivido e apreciado;
- leituras e discussões de textos;
- elaboração de diários de bordo e registro de aula;
- elaboração e aplicação de projetos de ensino.

O conhecimento em dança, razão de existir da relação professor-aluno, é focalizado através dos seus conteúdos. Tais conteúdos, embora possam ser comuns às demais metodologias de ensino, são percebidos e estruturados de forma particular, pois não prioriza os fundamentos da dança em si, mas ganham significado na medida em que garantem a exploração de movimentos que expressem:
- a consciência corporal;
- a utilização do ritmo enquanto distribuição e suas variações de duração, intensidade e seqüência;
- as formas de relacionamento no espaço em relação ao próprio indivíduo, com os outros e com o objeto;
- o produto coreográfico, que reflete o processo histórico do grupo e da realidade na qual está inserido.

4.2 - A Dança nos projetos sociais
“Lá vamos nós, dançar num terreno prá lá de delicado, mas que vejo a importância de abordarmos algumas questões que permeiam a arte da dança dentro de projetos sociais. E trocar nossas experiências e idéias, afinal é esse o objetivo dessa coluna! Um texto vivo.”

- Qual a função da dança dentro de um projeto?
- Profissionalizar os alunos?
- Ou criar junto à eles o encontro de seu corpo com a arte da dança e abrir um espaço para a criação pessoal?

E talvez para quem quiser se profissionalizar ter o apoio da instituição que dá suporte ao projeto para um processo profissionalizante deste aluno (a) e introdução em um mercado de trabalho bem complexo.
Ao assistir várias apresentações de dança de projetos sociais e sempre sai com a terrível pergunta:
- Quem criou?
- Quem concebeu?
- Como eles trabalham no processo criativo?
- Aonde estão os “pés” dos alunos?
Pois sempre vejo rastros, ou melhor, marcas, bem fortes de um coreógrafo nos espetáculos.
Quando vamos ver um espetáculo profissional sabemos que dentro de um processo criativo existem funções e papéis determinados para a criação de um trabalho.
Vemos a assinatura do coreógrafo, vemos o tema que gerou e seu desenvolvimento, vemos o trabalho dos dançarinos interpretes, do dramaturgo (quando tem) do cenógrafo, iluminador, figurinista, enfim vemos um corpo ativo e criativo direcionado para um produto final.
Mas quando aprecia um trabalho onde sua origem é um projeto social não deseja ver esse “corpo” profissional, mas sim um corpo novo trazendo suas histórias e como as criaram para estar lá no palco compartilhando com a platéia um momento tão importante de sua história.
Sabendo que o processo artístico pedagógico é o princípio ativo, ele é que vai gerar uma criação, e aqueles corpos dançantes que estão no palco são crianças e adolescentes aprendizes. E como é bom ser aprendiz!
Jovem que vivem em situações adversas e que estão num projeto social, tem a chance de acordar e renascer seu corpo criativo e sua sensibilidade a si mesmo e ao outro, (apesar que vejo essa situação não só necessária em projetos sociais, mas isso “são outros quinhentos”).
Ter a possibilidade de estudar dança, brincar com seu corpo e criar, são ações que fundamentam objetivos de projetos sociais que tem a linguagem da dança como ferramenta.

Mas o risco é grande, pois como levar para a cena uma forma que não é a que o público deseja ou ainda, não se acostumou a ver?
O virtuosismo seduz e embriaga...
Ou melhor, porque colocar em grande cena?
Contrapartida com o patrocinador implica em mostrar o resultado, ok é bom mostrar sim, mas o que e como se mostra é a questão.
Ou melhor, por que não criar espaços de mostras de dança onde os participantes são aprendizes? Criando mais um espaço e redes de trocas de aprendizado entre os participantes.
Acredito que dentro de um projeto social a pedagogia da dança deva ser o motor, que é representado por um educador de dança e existem muitos profissionais competentes que podem e sabem direcionar um processo artístico pedagógico transformando-os em espetáculo.

Sabemos que a arte o educador em dança trabalha com questões mais profundas como: faixas etárias, possibilidades e habilidades motoras e cognitivas onde cada grupo de idade tem suas habilidades e entendimentos, mas nada disso diminui o processo criativo ou mesmo a performance do aluno, mas sim o deixa autentico e vemos os participantes realmente atuando como protagonistas de suas experiências culturais cinéticas e criativas.

Pode dar mais trabalho, pois é um processo um pouco mais lento, mas imaginem: quem sai ganhando de verdade? As crianças e os adolescentes que poderão ter a experiência real da construção de um trabalho onde todas as dinâmicas necessárias para que isso aconteça poderão ser vividas e que também é um momento de aprendizado de cidadania e respeito, além do entendimento do que é criar.
Pois estaremos fazendo um trabalho onde a cultura do corpo social e da dança caminham juntas!
Proporcionar aos participantes, ver, apreciar espetáculos, abrir o território das informações e formação, onde cada um poderá discutir e trocar informações sobre o que viu e sentiu é de grande valor, pois no momento de sua criação terá dentro de seu corpo um terreno de conhecimento, pois ele não estará repetindo uma proposição de movimentos já codificados e sem história para eles.
Nada disso impede a presença da disciplina e da técnica, que são procedimentos, mas não conteúdos.
Imaginem que interessante poder ver mesmo o quanto a arte da dança pode criar e recriar movimentações infinitas (a dança contemporânea está ai para provar) gerando novas formas novos espaços novas danças.
Quantos novos criadores e dançarinas interpretes podem ser despertados dentro de um ambiente criativo de um projeto social? O quanto a dança pode ganhar ampliando e não repetindo uma mítica de virtuosismos e formas prá lá de codificadas em nossos olhares e desejos?
Se pensarmos bem, quando temos a chance de trabalhar ou mesmo coordenar um projeto social é um grande terreno para trabalhar metodologias e técnicas corporais que dão suporte para novos processos de criação e assim poder viver e compartilhar um momento onde o conhecimento e a criação caminham juntos. Nem sempre é fácil mudar, mas.... tentar...pode valer a pena.

Dicas: Para que se interessa pelo ensino do Ballet Clássico.
Sobre o tema: “O Ensino do Ballet: refletindo o papel do professor, observando possibilidades educacionais” de IVANNA Motta . Esse texto está na edição de Junho da revista Dança Brasil (gratuita e pode ser encontrada em academias de dança do Brasil inteiro).
Acessem e leiam os textos do site www.poeodedoaqui.art.br
Uxa Xavier é coordenadora do Nadança, projeto de dança para crianças e adolescentes. É pesquisadora e ministra curso de dança para crianças.
Contato: uxaxavier @uol.com.br
www.nadanca.blogspot.com

 

 


4.3 - Quais são os tipos de dança
A música, além de mexer com os nossos sentimentos também movimenta o nosso corpo. Dificilmente você encontra alguém que fique parado ao ouvir uma musica mais agitada. Seja na balada ou em uma festa mais formal, basta “rolar o som” que todo mundo já começa ficar mais animado.
Além disso, existem vários tipos de musicas e conseqüentemente vários tipos de danças. Algumas possuem passos mais lentos, outras não, mas todas nos trazem um pouco mais de alegria e diversão. Dentre os diversos tipos de danças, os mais conhecidos são:

5. Categoria da Danças
 

5.1 - "Danças de apresentação"  
Ballet
Bharatanatyam
Cachucha
Cancan
Charleston (dança)
Chula (Rio Grande do Sul)
Dança do ventre
Ballet
Bharatanatyam
Cachucha
Cancan
Charleston (dança)
Chula (Rio Grande do Sul)
Dança do ventre
 
   

 

5.2 - Cheerleading
Animadora de torcida
Buffalo Jills
Dallas Cowboys Cheerleaders
National Football League Cheerleading
Oakland Raiderettes
San Francisco Gold Rush
Washington Redskins Cheerleaders

 

5.3 - Dança contemporânea
Balleteatro
Breakdance
Funk Styles
Headbanging
Krumping
Magic of the Dance
Moonwalk
Muovere
Quasar Companhia de Dança
Tecktonik

 

5.4 - Dança popular    

Anglaise
Bagre (dança)
Bate-caixa
Bourrée
Bugio (dança)
Bumba meu boi do Maranhão
Bumba meu boi
Cacuriá
Cakewalk
Calango (dança)
Carimbó
Catira
Chacarera
Chimarrita
Chotiça
Chula (Bahia)
Chula (Rio Grande do Sul)
Ciranda

Coco (dança)
Congado
Congo (folclore)
Csárdás
Cueca (dança)
Cururu (dança)
Dança Bharathanatyam
Dança clássica indiana
Dança do Dragão
Dança do caranguejo
Dança do leão
Dança do ventre
Dança do vilão
Dança tradicional
Dança-do-lelê
 


Espontão (dança)
Fandango (Nordeste do Brasil)
Fandango
Farândola
Gavota

Giga (dança)
Huaino
Hula
Jongo
Lundu
Lundu marajoara
Maculelê
Malaguenha
Marimbondo (dança)
Mazurca
Merengue
Miudinho (dança)
Moçambique (dança)
Muinheira
Para Para
Pau de fita
Punga
Quadrilha (dança)
Quilombo (dança)
Rancheira
Samba caipira Sarabanda
Sardana
Siriá
Siriri (dança)
Sirtaki
Tambor de crioula
Tumba francesa
Umbigada
Vanerão
Xaxado
Zouk cannelle

 

 

5.5.1 - Dança esportiva de salão
Chachachá (dança)
Krumping
Quickstep
Rumba
Samba internacional
 
5.5.2 - Dança sociais de salão
Bachata
Bolero
Bugio (dança)
Chachachá (dança)
Contradança
Dança-do-lelê
Escocesa
Fandango
Forró
Foxtrote
Galharda
Jive
Lambada
Ländler
Mambo
Maxixe
Merengue
Minueto
Pasodoble
Polca
Polonesa
Rumba
Salsa
Samba de gafieira
Tango
Valsa
Xote
Zouk

 

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